
Este encontro em Valença, teve como objectivo, as Oliveiras da região, um recurso abandonado, que outrora, fazia parte da riqueza alimentar das famílias rurais, desta região, e que agora, vamos em concordância com alguns proprietários, recuperar algumas para produção de azeite.
Esta iniciativa, parte de César, Ivan e José, envolvendo a Rede de PermaCultura e a Escola Livre – Senda Verde de Valença.
Compartilhando conhecimentos, está Rogélio, amigo de César, informando-nos sobre o mundo dimensional da Oliveira, o seu comportamento neste ecossistema, a sua rejeição em dar fruto e a possível actuação que teremos, no seu ressurgimento e colheita de azeite.



A propagação da oliveira verificada nesta região, Minhota, teve inicio no século xvll, deveu-se á revolução cultural introduzida pelo milho que, ao reduzir a área de pastagens, limitou o numero de cabeças de gado bovino e obrigou as populações a procurar no azeite uma fonte alternativa para o fornecimento de gordura.
A oliveira nesta região, é resistente á passagem do tempo no seu completo abandono, podem-se contabilizar, centenas de centenas, o seu fruto a azeitona é quase inexistente.
A sua adaptação forçada nesta região, fez-se á custa de produtividade e por vezes mesmo de interregnos produtivos e de uma qualidade inferior de azeite.
Nota-se nas plantações, as preocupações que se colocavam os agricultores, quando plantaram estes olivais, a escolha do terreno apropriada do abrigado dos ventos dominantes ( norte sudoeste) o soalheiro e o terreno fértil.
As plantas são seres vivos, que se adaptam e criam resistências, acreditamos que a falta de frutificação, se deve ao seu abandono. Como dizia um antigo agricultor da região, agora reformado: “ a árvore que não dá fruta é perder o tempo com ela”.
Dos Projectos Individuais aos Projectos Colectivos, um passo em frente, uma nova forma de trabalho e relação está renascendo, a sua energia motriz, a Inteligência Colectiva.
A energia e a identidade de um grupo depende mais da qualidade e intensidade da sua conexão consigo mesmo do que de sua resistência em se isolar. Esta energia emerge a partir da capacidade de aprender e de trabalhar de maneira cooperativa, com o grau de confiança e reconhecimento recíprocos. O EGO, é o gerador dos sistemas conflituosos, ele é a herança de uma cultura e um sistema social, finito.
Este novo formato é marcado pela competição colaborativa. E demanda de cada indivíduo nada mais do que o esforço pessoal em torno do seu talento e da forma de relacionar-se. A motivação de empreender algo é tão importante neste caso quanto a vontade de fazer o que gosta. Da forma que gosta em colaboração e parte integrante da Inteligência Colectiva.
Colectivos inteligentes:
No mundo das formigas, ao contrário do que o senso comum diz, a Rainha não exerce um comando, não tem função hierárquica. Sua função é única de reprodução. Todas as outras formigas se auto-organizam num esquema colaborativo de trocas e relações, onde cada uma deixa pistas sobre o contexto (na forma de feromônios). O formigueiro chega a 15 anos de idade (idade máxima da rainha), mas cada formiga, vive em média apenas um ano.
Não somos formigas. Mas podemos ser animais colaborativos.