segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

VAMOS FAZER AZEITE

Valença, 3 de Janeiro do novo ano, aconteceu o encontro na horta das oliveiras.

Este encontro em Valença, teve como objectivo, as Oliveiras da região, um recurso abandonado, que outrora, fazia parte da riqueza alimentar das famílias rurais, desta região, e que agora, vamos em concordância com alguns proprietários, recuperar algumas para produção de azeite.

Esta iniciativa, parte de César, Ivan e José, envolvendo a Rede de PermaCultura e a Escola Livre – Senda Verde de Valença.

Compartilhando conhecimentos, está Rogélio, amigo de César, informando-nos sobre o mundo dimensional da Oliveira, o seu comportamento neste ecossistema, a sua rejeição em dar fruto e a possível actuação que teremos, no seu ressurgimento e colheita de azeite.






A propagação da oliveira verificada nesta região, Minhota, teve inicio no século xvll, deveu-se á revolução cultural introduzida pelo milho que, ao reduzir a área de pastagens, limitou o numero de cabeças de gado bovino e obrigou as populações a procurar no azeite uma fonte alternativa para o fornecimento de gordura.

A oliveira nesta região, é resistente á passagem do tempo no seu completo abandono, podem-se contabilizar, centenas de centenas, o seu fruto a azeitona é quase inexistente.


A sua adaptação forçada nesta região, fez-se á custa de produtividade e por vezes mesmo de interregnos produtivos e de uma qualidade inferior de azeite.

Nota-se nas plantações, as preocupações que se colocavam os agricultores, quando plantaram estes olivais, a escolha do terreno apropriada do abrigado dos ventos dominantes ( norte sudoeste) o soalheiro e o terreno fértil.

As plantas são seres vivos, que se adaptam e criam resistências, acreditamos que a falta de frutificação, se deve ao seu abandono. Como dizia um antigo agricultor da região, agora reformado: “ a árvore que não dá fruta é perder o tempo com ela”.








Dos Projectos Individuais aos Projectos Colectivos, um passo em frente, uma nova forma de trabalho e relação está renascendo, a sua energia motriz, a Inteligência Colectiva.

A energia e a identidade de um grupo depende mais da qualidade e intensidade da sua conexão consigo mesmo do que de sua resistência em se isolar. Esta energia emerge a partir da capacidade de aprender e de trabalhar de maneira cooperativa, com o grau de confiança e reconhecimento recíprocos. O EGO, é o gerador dos sistemas conflituosos, ele é a herança de uma cultura e um sistema social, finito.

Este novo formato é marcado pela competição colaborativa. E demanda de cada indivíduo nada mais do que o esforço pessoal em torno do seu talento e da forma de relacionar-se. A motivação de empreender algo é tão importante neste caso quanto a vontade de fazer o que gosta. Da forma que gosta em colaboração e parte integrante da Inteligência Colectiva.

Colectivos inteligentes:

No mundo das formigas, ao contrário do que o senso comum diz, a Rainha não exerce um comando, não tem função hierárquica. Sua função é única de reprodução. Todas as outras formigas se auto-organizam num esquema colaborativo de trocas e relações, onde cada uma deixa pistas sobre o contexto (na forma de feromônios). O formigueiro chega a 15 anos de idade (idade máxima da rainha), mas cada formiga, vive em média apenas um ano.

Não somos formigas. Mas podemos ser animais colaborativos.