quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

MAPAS MENTAIS E VISÕES COLECTIVAS DO PRESENTE




(Quem discute e compartilha de uma acção, tem mais facilidade em alcançar e compartilhar a vitória de um alto resultado de um bem comum, conforme li e concordei com o livro do Horácio Soares, “O Tiro e o Alvo.)

Os humanos sempre tiveram e sempre terão problemas quando prescindem de mais gente para ajudar a pensar, seja para ganhar em velocidade, p
rofundidade, qualidade ou posterior adesão. A opção pela resolução dos mesmos, via Inteligência Colectiva, do trabalho colaborativo em rede descentralizada, depende de uma postura diante do mundo e do domínio do EGO de cada um. O único caminho para tal fim são as redes descentralizadas como forma de resolver problemas. As redes centralizadas e controladas pelo status/Ego não quer perder o controle das mudanças. As redes centralizadas, pelo controle rígido, dependem menos da vontade das pessoas, pois há uma pressão maior. As pessoas em princípio colaboram, depois surgem os conflitos de EGOS, as divisões em grupos de ter ou não ter razão, acabando por chegar a derrota do fim previsto. As redes descentralizadas precisam da motivação, de espaço para a iniciativa, portanto, pedem um objectivo maior que transcenda o ego de cada um. Algo que desperte o bem comum, deixando para a auto-regulação de seus membros o espaço da reflexão. Para que haja um envolvimento em redes descentralizadas, é necessário que exista uma causa maior, um envolvimento que faça bem para cada um e para um todo, o bem comum. As pessoas colaboram voluntariamente quando consideram que podem, de alguma forma, mudar o mundo.

A inclusão, é a nossa capacidade
de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem excepção. A inclusão é estar com, e interagir com o outro. O EGO descrimina e viola os direitos das pessoas com base em critérios injustificados e injustos. Uma grande parcela da sociedade é excluída dos seus mais elementares direitos como ser humano pelo sistema criado. Essa cultura valoriza somente os capazes, inteligentes, vencedores criando na nossa mente a imagem que todos que conseguem dinheiro, riquezas e poder são realmente os detentores da felicidade e da perfeição humano na terra. Estes são apenas alguns dos aspectos que apontam para uma espécie de assimetria entre a dimensão do indivíduo (com suas preferências, interesses, inteligência) e aquela do colectivo, onde os indivíduos são convocados a agir, decidir, adoptar comportamentos não apenas em função de si mesmos, mas também conjuntamente. Conhecer uma delas não necessariamente nos garante compreender a outra. Vencer essa distância é o que deve mobilizar parte de nossos esforços para entender e actuar em projectos que envolvam redes sociais e que dependem, portanto, do engajamento efectivo das pessoas. ''Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças'' "Uma rede de pessoas interessadas pelos mesmos temas é não só mais eficiente do que qualquer mecanismo de busca", "mas sobretudo do que a intermediação cultural tradicional, que sempre filtra demais, sem conhecer no detalhe as situações e necessidades de cada um" (Lévy, 2002). Lévy está profundamente convencido, de que um grupo em rede se forma, acaba por representar uma importante riqueza em termos de conhecimento distribuído, de capacidade de acção e de potência transformadora. * Pierre Lévy, A Conexão Planetária: o mercado, o ciberespaço, a consciência. São Paulo: Editora 34, 2001.